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VIAGENS DE ANTONIO MIRANDA PELO BRASIL
 


VIAGEM AO PANTANAL
22-23 de março de 2003

 

O ponto alto da viagem a Mato Grosso do Sul foi a visita ao Instituto de Pesquisa do Pantanal, instalado recentemente numa fazenda do município de Aquidauana.
Fomos num avião  bimotor Sêneca, da Embraer, com seis passageiros, incluindo o piloto.
Saímos às 7:20 (hora local) e atravessamos, na direção oeste, as planuras e os contrafortes das serras da Bodoquena e de Maracajá em cujo vale central desenvolve-se a próspera agropecuárias mato-grossense.
O voo deixou uns 50 minutos, num dia excepcionalmente limpo e claro. Vieram o Reitor Pedro, o filho Paulo, o vice-reitor Waldemar e  o filho Bruno (que viera de Brasília para assistir a um congresso de medicina — ele é estudante do 7º. Semestre, na Universidade de Brasília.
O Paulo viajava pele primeira vez na pequena aeronave pois sempre evitava voos por temeridade. Mas entusiasmou-se e já fala até em fazer o  curso de pilotagem...

Logo em seguida saímos numa Toyota de tração nas 4 rodas, por trilhas sobre terreno arenoso, na direção da região, cheias nesta época do ano. Havia várzeas alagadas e capões com vegetação densa nas partes mais altas — que os especialistas denominam “cordilheiras” embora estejam a escassos centímetros da altura sobre as áreas inundáveis. A árvore predominante costuma viver na colônia de palmeiras
Acuri (Scheleba phalerata),
também conhecida como acuri , auacuri , cabeçudo , coqueiro-acuri , guacuri e ganguri. 



Foto: www.pulsarimagens.com.br/foto/Bacuri---Scheelea-phalerata.

 

A lagoa mais próxima, em verdade um alagado raso com as águas recentes das chuvas, estava coberta de um capim alto entre as plantas aquáticas. Ao longe, sobre uns troncos secos, exemplares de tuiuú, a ave mais famosa do Pantanal. 

 

Foto: Tuiuiu: https://ismaeljsnature.blogspot.com/

 
Nas áreas contíguas pastava um cervo galhado, logo também uma família de porcos-do-mato e capivaras.
Por toda parte havia caraguatás com seus frutos amarelados se também uma espécie de helicônia nativa.
Não raras vezes víamos araras azuis no topo das árvores.

 

O almoço foi no “Redário”, precedido por um sortido de mandioca amarela, cozida, amendoim, salada fria, azeitonas e queijo pantaneiro. Em seguida foi servido o churrasco e bebidas, numa roda de conversa animada sobre projetos, política, um par de horas!
O resto da tarde do sábado foi reservado para o passeio de barco. Duas embarcações com motor cruzando o rio Correntoso, bem próximo do rio Negro, cujas águas são escuras por causa de decomposição orgânica de folhas e raízes.
Não havia muitos pássaros. Nada daquela profusão de garças brancas e vermelhas sobre os arbusto com aparecem nas reportagens sobre o pantanal... Um ou outro soco-boi, um martim-pescador circunspecto sobre um galho de árvores, uns biguás pretos, o mutum,

 

Alguns grupos de “cafezinho” (jácano) nas partes baixas dos alagados, a garça cinza (maguari) e pouca coisa mais nas margens do rio.
Nem tampouco aquela quantidade assustadora de jacarés nas praias. Uns raros exemplares pequenos ao longo do trajeto.
Num determinado momento que a canoa aproximou-se da margem para observarmos a vegetação aquática apareceu um filhote de jacaré bicando bem perto de nós, com os olhos atentos à nossa presença...
As plantas de água mais comuns eram do tipo dos aguapés e ninfeas pequenas, mas havia outras bem diferentes, que os biólogos que nos acompanhavam havia notado antes — uma delas de folhas heterófilas e outra semelhante à “dormideira” que se encontra nos pastos e várzeas por todo o Brasil.

 


Lontras   -  Foto: Got2Globe


Havia lontras agressivas no percurso aquático.
Pela noite saímos na Toyota para a chamada “focagem” que consiste em buscar pássaros e animais com um potente farol apontado para as lagoas, caminhos e altos das árvores. Ao longe, não raro, apareciam os olhos de foto dos jacarés e nos caminhos mais distantes uns porcos-monteiros desgarrados, assim como as capivaras.

Na manhã seguinte fomos passear pelas trilhas dos capões onde havia algumas árvores nativas gigantescas se, nas árvores menos densas, colônias de palmeiras acuri  (Atlalea phalerata) e, numa área mais úmida, a Bachis glaucescens  com seus espinhos notáveis.
À noite, numa árvore junto à áreas dos peões da fazenda experimental estavam algumas barulhentas araras azuis, enormes. Debaixo, os homens tomando tereré, a erva-mate gelada dos pantaneiros. Uma adaptação do chimarrão quente do sul frio ao calor da  região pantaneira, por influência dos gaúchos na cultura local.
O regresso aconteceu no mesmo bimotor, às 3.30 horas, entre nuvens um pouco carregadas, mas sem provocar grandes turbulências.
Foi uma viagem muito interessante, com acompanhantes locais que foram pródigos em termos de hospitalidade e informações.

A volta para Brasília, pelos voos 3805 e 3818 da TAM, foi com um transbordo de aviões em Guarulhos/SP, longo e cansativo.
Com a atual crise da aviação civil, depois do fatídico atentado às Torres Gêmeas de Nova Iorque/USA de 11 de setembro, não são muitos os voos, não há muita escolha nos trajetos, principalmente nos domingos e feriados.

 

 

 
 
 
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